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Soft Skills para trabalho remoto? Será? Mas por quê?
Autora Clarissa Prieto, publicação original autorizada por Rama Business Training ₢https://www.ramabusinesstraining.com.br
Trabalho remoto e inteligência emocional:
Problemas que a falta de um bom dia podem trazer
Trabalhar remotamente pode ser o sonho de um grande número de pessoas: o conforto da casa, sem o mau-humor de trânsito ou olhos cansados porque precisou acordar cedo para fazer o percurso ao trabalho. Basta abrir o computador e começar a realizar suas tarefas. Mas a lista de benefícios pode não parar por aí. Afinal, não ter que cumprimentar aquele colega que você não suporta nem olhar nos olhos é muito bom e além de… mas… quem disse isso?
Não é uma tarefa difícil encontrar ofertas de trabalho remoto. Todavia, também não é complicado perceber que a maioria das ofertas deste tipo citam alguma competência interpessoal nos requisitos à admissão: a tão necessária capacidade de trabalhar em equipe está lá.
Porém, isso não se deve somente à natureza do trabalho online que requer engajamento dos setores envolvidos de forma adequada ao prosseguimento dos projetos. Mas, também, porque trabalhar remotamente pode criar espaço para que desentendimentos aconteçam e cresçam.
Afinal, sem o apoio da linguagem corporal, uma mensagem simples pode ganhar o tom de ordem e magoar corações. Sem a necessidade do bom dia no dia seguinte, o mal-estar pode virar antipatia a tal ponto que projetos assumam o segundo plano quando a necessidade antagonizar com quem me feriu ganhar corpo.
E, de repente, não estamos mais analisando propostas, ou dividindo recursos, por exemplo, mas atrapalhando a vida daquele que nos magoou no passado.
Outro agravante com potencial para conflitos vem exatamente da distância: pontos de vistas divergentes podem facilmente se transformar em agressividade verbal desnecessária. Mas uma vez, o ambiente físico, não figura aqui como santo, mas como um possível inibidor. É mais difícil explodir com a pessoa que você divide a sala do que com aquela que você não encontrará.
A falta do sentimento de pertencimento atua também não apenas como uma porta aberta para que talentos fujam da companhia como para que a harmonia não seja buscada. Se não há crença na existência de um coletivo, não há porque zelar para que o ambiente, mesmo que virtual, seja bom.
Por isso é preciso vencer a ilusão de que ao se trabalhar remotamente a individualidade ganhará espaço. Se seus pés vão trabalhar de pantufa, sua disposição para aceitar, ponderar e atuar com fraternidade não deve relaxar de igual maneira. Muito pelo contrário. Ela deve estar em alto nível de engajamento para a criação de um ambiente de trabalho emocionalmente saudável e acolhedor.
Trabalhar remotamente significa trabalhar dobrado no esforço de criar empatia, envolvimento e sentimento de pertencimento.
Ainda que de pijamas.
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